*** RPG *****

Terminou de tirar a blusa e enquanto estava jogando ela na cama foi surpreendido por um toque em um certo lugar em suas costas. Seus olhos se arregalaram e seu corpo tremeu com as lembranças, mas não disse uma palavra. Em seguida recebeu um abraço, o que também o pegou desprevenido. Abriu a boca para falar alguma coisa, mas seu coração e sua ansiedade atrapalharam. Apenas abaixou a cabeça e segurou as mãos de Travis no seu peito.
Apesar de ser inesperado, aquilo estava o fazendo bem. Era um sentimento estranho? Sim, porém, não era ruim.

Travis McConnell — 19 anos
Fechou seus olhos durante o momento que ficou abraçado com o garoto. Tinha que admitir que se sentia confortável com aquilo, ainda mais quando ele segurou as mãos do pequeno. Após se afastar, passou sua mão novamente nas marcas de Pietro. Queria saber o motivo daquelas cicatrizes, mas não sabia se devia perguntar ou não. Por fim, respirou fundo e decidiu perguntar. — Pietro... O que são essas marcas? — Questionou, baixo.

Fechou os olhos e respirou fundo, apenas abrindo-os ao ouvir a pergunta do moreno. Hesitou um pouco antes de responder, ainda tinha um certo medo. – Algo que aconteceu comigo quando eu tinha quinze anos. – começou a tremer com os flashes do acontecido aparecendo em sua memória. Mesmo depois de três anos ainda era difícil falar ou pensar nisso. - ... Eu prefiro não lembrar. – contra a sua vontade, lágrimas começaram a cair, fazendo Pietro virar-se de frente para o pequeno e abraça-lo forte.
Foi minha culpa... – era o que ele colocava na cabeça dele. Se eu não tivesse bebido, se eu não estivesse sozinho na estrada, se eu não tivesse aceitado a carona daquele homem, se eu não fosse tão inútil... Não, não é culpa de Pietro, aliás, não é culpa de nenhuma vítima de abuso, mas mesmo assim ele se culpa por isso quando o verdadeiro monstro culpado é o cara que fez isso com ele. – É minha culpa.

Travis McConnell — 19 anos
Ouviu o garoto e imediatamente se tocou de que ele não queria falar sobre isso. Não era para menos, diante de tantas cicatrizes, era de se imaginar que a coisa não era nada boa. — Tudo bem... Deve ser difícil para voc... — Antes que completasse a frase, o maior se virou e Travis pôde ver que este estava chorando, o que fez seu coração apertar. Pior do que ver Pietro apanhando era só vê-lo chorando. Já ia abraçá-lo quando o garoto o fez. A única coisa que o pequeno podia fazer agora era retribuir, nunca fora muito bom em consolar os outros. — C-Calma... — Ele sussurrou, tentando acalmar o rapaz — Seja lá o que aconteceu com você, não deve ter sido sua culpa. Você não seria capaz de provocar algo que resultasse nessas marcas, você é bom demais pra isso..

Deu um sorriso de orelha à orelha ao perceber que estavam em um dos melhores e mais famosos hotéis de Miami. Miami, Miami! – deu pulinhos enquanto repetia isso em sua cabeça. Miami era seu segundo; depois do Hawaii. – Eu necessito visitar a praia desse lugar. – disse claramente em um tom de empolgação, correndo com sua mala até o quarto que ficaria com Charles (teve que implorar à diretora para ela deixar que eles fiquem no mesmo quarto).
Seus olhos brilharam ao abrir a porta, era tudo tão... perfeito. Tudo! Ai como eu amo Miami. Colocou sua mala na cama, abriu, pegou algumas roupas e acessórios e foi direto ao banheiro para se trocar. Qualquer um que o visse pensaria que ele estava indo para o Hawaii ou que estava se arrumando para o carnaval fora de época. Usava um colar de flores falsas verde-neon, igualmente com seu óculos de sol, que continha alguns enfeites bem notáveis também. Vestia aquela típica blusa com estampa de flores, um calção simples e um chinelo.
Saiu do banheiro e sorriu para Charles enquanto se dirigia para a porta do quarto. – Esto es Miami, perras! – deu um pulo e um gritinho, correndo para fora do quarto em direção à praia. Uma pena que o hotel era enorme demais e acabou se perdendo.
Saiu perguntando para todos do lugar se sabiam do caminho, mas era difícil de achar alguém que soubesse, até que um rapaz cutucou seu ombro – ¿Puedo ayudarle? – o homem sorriu, era até bonito. – ¿Sabes dónde está la playa? – perguntou, devolvendo o sorriso. O homem parecia segurar o riso com o visual de David, mas ele não percebeu. – Sí, es adyacente a la sala de juegos. – respondeu. – ¡Gracias! – e quando foi virar-se, o mesmo cara segurou seu ombro. – Espera, yo puedo llevarte allí. – ele ofereceu com o mesmo sorriso no rosto. “O Charles não vai gostar disso...” – pensou. “Dane-se, estamos em Miami.” – ¿En serio? ¡Gracias! – agradeceu e começou a seguir o outro, empolgado. Já podia até ver a praia.

Charles Lestrange — 20 anos
— Você pode ir à praia se usar uma burca — Disse ao ouvir David falar que necessitava ir à praia, enquanto o acompanhava até o quarto. Ao chegarem lá, ficou impresisonado. Só o quarto desse lugar já dá a sala da minha casa.., pensou, enquanto colocava sua mala em qualquer quanto e se jogava na cama — Cara, eu quero ficar aqui pr... Onde você vai? — Perguntou, vendo seu namorado pegar algumas coisas na mala e ir para o banheiro. Alguns minutos depois o garoto saiu, deixando Charles com uma cara de "WTF?" — Mas que porra é essa... — Perguntou, o olhando com uma cara de quem não estava entendendo nada. — Onde você pensa que vai com uma roupa de... DAVIDDDDDDDD — E quando viu, o garoto já tinha até saído. Charles foi atrás, mas devido ao tamanho do hotel, acabou demorando bastante para encontrá-lo, e foi bem na hora que pôde ver ele e outro cara andando juntos. Isso já foi o suficiente pra deixá-lo com ciúmes. Foi até os dois e cutucou o ombro do cara. — ESCUTA AQUI AMIGO ONDE VOCÊ PENSA QUE VAI COM O MEU, MEEEEEEEEEU DAVID?

Pedro conversava com o menor enquanto o guiava para a praia. Tinha achado ele legal, e sim, estava o paquerando, achando que tinha alguma chance. Não tinha ideia de que ele estava comprometido até vir um louco gritar com ele coisas que o moreno nem entendia. – Lo siento, pero ¿quién es usted? – estava confuso e com as sobrancelhas arqueadas. Se tinha se metido em algum tipo de confusão, não estava ciente. – Creo que me ha confundido con otra persona...

Tinha que admitir que o moreno era divertido, e que seria interessante tê-lo como amigo durante os dias que passaria naquele hotel, apesar de que Charles com certeza não concordaria. E, falando no demônio, ele apareceu gritando com o rapaz ao seu lado. David se assustou e afastou-se do outro, olhando para os dois se perguntando como poderia acalmar seu namorado. – Charles, se acalme! Ele estava me mostrando onde fica a praia. – olhou sério para ele, em seguida virando para o rapaz de chapéu que parecia bastante confuso por não entender a língua dos dois. – Lo siento, Charles es un poco celoso. – suspirou, esperando que aquela gritaria não afastasse o moreno.

Charles Lestrange — 20 anos
O rapaz estava contando até dez para não espancar o cara ali mesmo. Arqueou uma sobrancelha ao ver que o moreno não estava falando coisa com coisa — Que? — Só depois de muito tempo que foi notar que aquilo era espanhol e que ele não entendia uma palavra do que estava dizendo. Neste ponto David já estava falando com ele, e contou que o estranho só estava mostrando o caminho da praia — Hm, tá bom — Disse, ainda meio desconfiado. — Eu sou o que? — Perguntou, ao ouvir seu nome na fala em espanhol de David. Não entender espanhol estava sendo um saco ali.

Ouviu David e olhou com uma certa raiva para Charles. Esse escândalo todo era por isso, ciúmes? – No sé cómo lo soportas. – falou, ainda olhando para ele. Já havia percebido que Charles não estava entendendo nada da conversa, então poderia falar mal dele à vontade dele que não teria problemas. – Un chico como te mereces a alguien mejor. – sorriu para David, claramente mandando uma mensagem indireta.

– Ciumento. – respondeu ao Charles, sorrindo, em seguida virou-se para o moreno. Acho que eles tiveram ódio à primeira vista. – Charles no es una mala persona. – deu um sorrisinho mínimo, tentando explicar, em seguida suspirando com o que ele disse.Por favor, Charles, não entenda isso. Não. Entenda. – Gracias. Pero estoy contento con él. – respondeu-o, ainda sem perceber a indireta do rapaz.

Charles Lestrange — 20 anos
— Ah tá — Disse ao ouvir a resposta para a pergunta que havia feito à David. Estava boiando até agora no que os dois estavam conversando, e não gostava disso.
Charles podia não falar espanhol, mas conseguiu entender muito bem o que o moreno irritante havia dito. — ESCUTA AQUI, ELE MERECE ALGUÉM MELHOR É O CACETE, ACHO BOM VOCÊ CALAR ESSA BOCA OU EU JURO QUE VOU TE BATER TANTO QUE VOCÊ VAI SAIR PEDINDO SOCORRO EM INGLÊS TÁ? — Ameaçou e se virou para David — FALA PRA ELE TUDO QUE EU DISSE EM ESPANHOL ANTES QUE ESSE TROUXA DIGA MAIS ALGUMA COISA E EU ME IRRITE — Ele estava contando até 10 mentalmente para não arrumar uma briga logo no primeiro dia da viagem.

Não estava gostando de Charles gritando com ele daquele jeito, mesmo que não entendesse sua língua, podia perceber que não eram coisas boas. Não adiantaria ficar ali esquentando a cabeça com ele. – No hay necesidad de gritar, indignante. – bufou, franzindo o cenho. – Me voy. Tenga un buen día. – sorriu para David, aproveitando para bagunçar o cabelo do menor, então dirigiu-se para fora do hotel, deixando os dois sozinhos. Teria que tentar com outro agora.

Bateu a mão na testa quando Charles começou a gritar com o rapaz. Estava envergonhado pelo fato de muitas pessoas estarem encarando os três devido à gritaria. – Shh! Não grite! – reclamou, dando um tapinha nele. – E se acalme, não tem necessidade de se estressar! – arqueou as sobrancelhas, em seguida encarando Pedro. – Lo siento por todo esto. – suspirou, observando-o ir embora, e então virou para o Charles.
– Pode me explicar o que foi isso? – cruzou os braços.

Charles Lestrange — 20 anos
A paciência de Charles se esgotava mais um pouco cada vez que o espanhol tarado abria a boca para falar algo. — Então faz ele parar — Respondeu quando David mandou que ele parasse de gritar. Como não berrar numa situação daquela? O cara estava dando em cima do namorado dele na cara dura. Fez uma cara de indignação quando David disse que ele não precisava se estressar — Não preciso me estressar??Não preciso me estressar? Puta que pariu, David — Ia falar mais alguma coisa, mas o moreno se despediu e ainda fez questão de bagunçar o cabelo de David. — FICA ESPERTO VIU — Berrou pro garoto, se virando para o menor que perguntava agora o que havia sido aquilo. — O que foi isso?? Ele tava dando em cima de você na minha frente, o que queria que eu fizesse?

Revirou os olhos. Deus me leva – Sim, se acalme, droga! – olhou feio para ele. Não conseguia acreditar que há pouquíssimos minutos estava saltitando feliz em direção à praia e agora estava tendo que acalmar um Charles ciumento por nada. – Quê? – ficou surpreso e indignado com o que ele disse. – Não seja besta, o cara só estava me mostrando o caminho da praia, onde que isso é dar em cima de uma pessoa? – pôs as mãos na cintura – Deixe de besteira, vamos aproveitar o dia, ok?

Riu fraco com o garoto insistindo. Eu vou, mas não agora, querido. – Posso dizer que sua insistência me impressiona, mas não, obrigado pela oferta. – sorriu para ele. – Aliás, não tem como confiar em um futuro jornalista, não é mesmo? Eu assisto Hannibal, não pense que não sei que, caso acontecesse, você contaria para alguém. – provavelmente ele nem entenderia a referência, mas Henry não se importava com isso. – Agora, com licença. – se despediu e dirigiu-se para o seu quarto. Por sorte havia ficado com um quarto apenas para si, já que era o único professor presente na viagem.
Abriu a porta e olhou para os detalhes do quarto. É, isso deve dar. Colocou suas malas ao lado da cama e saiu do quarto para dar uma volta pelo hotel.

Apertou o abraço e sentiu que ainda estava tremendo, apesar de que estar tão próximo do pequeno o trazia um sentimento de segurança, ainda não era suficiente para as consequências do trauma se afastarem dele.
Ouviu as palavras de consolo de Travis e fechou os olhos. Queria muito acreditar naquilo, mas não conseguia. - ... Obrigado. – mesmo assim não queria aborrecer o garoto com seus dramas, sentia que estava atrapalhando a viagem dele com essa história. – Desculpa... Eu estou fazendo muito drama. – soltou-se dele e enxugou as lágrimas, tentando não fazer contato visual.

Todo o tempo que estavam no ônibus Robert passou conversando com Harry. Estava até com sede de tanto que falou. Quando enfim chegaram no hotel, seus olhos brilharam. Um lugar desses deve ter muita comida. – foi a primeira coisa que pensou. – Harry, Harry, olha isso! – dava pequenos pulinhos enquanto pegava sua mala do ônibus. – Quantos restaurantes tem aqui? Aposto que um monte! – estava realmente animado, tanto que segurou o braço do loiro e o puxou para o quarto que eles iam ficar.

Charles Lestrange — 20 anos
— Não vou me acalmar, eu tô puto — Cruzou os braços. Como ele iria se acalmar daquele jeito?
Cerrou os olhos quando David disse que o cara não estava dando em cima dele. Ah, então agora Charles estava vendo coisas? — Não me venha com essa, eu vi muito bem que ele estava dando em cima de você, eu vi nas profundezas da alma dele as segundas intenções que tinha. — Ok, ele estava exagerando, mas não deixava de ser verdade o fato de que o esquisito estava sim paquerando David. — Hm, tá — Respondeu quando o menor disse para os dois aproveitarem o dia e deixar aquilo de lado.

Nicholas Mitchell — 18 anos
Estava esperançoso achando que o homem ia aceitar sua proposta quando o mesmo recusou, fazendo o garoto parar de sorrir imediatamente. — Você é um chato mesmo viu — Disse, emburrado. Nick ficou indignado com a fala seguinte do professor. — QUEEEEEEE? Só porque eu vou ser um jornalista não quer dizer que eu vá colocar num outdoor o que eu você fizemos! Até porque ninguém está interessado em saber quando eu transo ou não. Qual é, eu sou fofoqueiro, mas não vou espalhar as coisas que faço! — Se defendeu, cruzando os braços e vendo o moreno se despedir e se afastar. — EI, VOLTE AQUI!! SAIBA QUE EU NÃO VOU SAIR DESSE LUGAR ATÉ NÃO ACEITAR A MINHA PROPOSTA! SE EU MORRER DE FOME, VAI SER POR SUA CAUSA, OK? — Ele berrou, se sentando no chão. Uma senhora que estava passando parou e ficou olhando para ele. — QUIÉ? NÃO TÁ VENDO QUE EU TÔ PROTESTANDO? — Gritou pra mulher, que se assustou e foi embora. Eu não vou sair daqui até ele vir aqui e pedir desculpas.
Cinco minutos depois Nick já estava berrando pelo hotel — AEEEEEEEE SEUS OTARIOS QUEM QUER JOGAR VERDADE OU DESAFIO?? — Perguntou, entrando numa sala em que grande parte das pessoas da sua escola estavam.

Travis McConnell — 19 anos
Deu um sorrisinho triste quando Pietro o agradeceu e permaneceu abraçado com ele até que o mesmo se afastasse. Escutou o que o garoto disse sobre estar fazendo muito drama e balançou a cabeça negativamente. — Não está não... Você só está triste por causa de alguma lembrança. E é normal se sentir assim — Deu de ombros. — Mas por favor, só pare de chorar porque daqui a pouco eu vou chorar também — Riu fraco, tentando animar o rapaz.

Harry Atwood — 18 anos
O hotel parecia ser bem legal. Enquanto Harry pensava nas coisas divertidas que poderia fazer lá dentro, Robert parecia estar se importando mais com os restaurantes. — Meu Deus, Rob, com um hotel tão daora desses, você tá pensando no restaurante? — Riu — Devem ter vários, mas aposto que nenhum deles tem tanta comida como dentro da sua mochila.

– Eu percebo que você está puto, mas isso sem motivo algum! – retrucou. Não entendia como Charles conseguia ser tão possessivo e preocupado. Mesmo que o espanhol estivesse dando em cima de David, o que no caso ele não acredita nisso, não via problemas, já que não iria ceder. – Ah, por favor, tenha senso. – revirou os olhos, suspirando. Ok, deixe isso para lá, David. – Ok, entã... – enquanto falava, ouviu uma voz escandalosa perguntando quem queria jogar verdade ou desafio. – OPA – puxou Charles pelo braço para perto do garoto que estava gritando. – Eu- Quer dizer, nós queremos.

Inflou as bochechas com o comentário do rapaz – Mas é claro, alimentação é importante! Além de que quando você vai para um lugar novo, tem que conhecer sua cultura, e a comida faz parte disso! – tentou se explicar, mas o que realmente se importava nisso tudo era comer. – Naah... Eu comi metade das minhas comidas no ônibus... – fez um biquinho – Mas então... – colocou as malas no quarto e saiu – O que vamos faz- – de repente ouviu alguém gritando sobre um jogo que, particularmente, Robert nunca tinha jogado, mas já havia visto várias vezes outras pessoas jogando. – Vamos?? – virou animado para Harry – Parece ser interessante! – sorriu esperando que ele aceitasse.

Joshua, junto com Chris, já havia deixado sua mala no quarto e agora estavam os dois passeando pelo hotel juntos, em busca de algo para fazer. Engraçado, tinha tanta coisa que eles não conseguiam escolher uma.
– É legal do hotel ter tantas opções, mas eles não pensam que os clientes podem se confundir a ponto de não escolherem nenhuma delas e passarem seus dias em puro tédio, ou aproveitando fora daqui? – estava com essa dúvida na mente, que no fundo fazia sentido.
Ao olhar para o lado viu alguns alunos se juntando em um lugar e ficou curioso, talvez estivessem fazendo alguma brincadeira ou algo assim, não poderia perder isso.
– Ei, vem cá. – puxou Chris para o meio do povo – O que tá acontecendo aqui?

– Dentro do hotel tem um shopping, é impressionante. – Henry falava ao telefone com Mozzie, procurando mantê-lo informado sobre seus dias foras, e também estava com tédio, precisava conversar com alguém, que com certeza não seria Nicholas.
– Impressionante? Você já viu coisas melhores quando estava roubando a estátua preferida do embaixador da índia, lá sim tem cultura, diferentemente de Miami. – Henry revirou os olhos, apesar de ser parte verdade. – De fato, mas me deixe aproveitar. – riu fraco. – Ok, eu deixo. Então, como estão indo as coisas com o nosso alvo?
– Você quis dizer meu alvo. Quem está fazendo o trabalho aqui sou eu, Mozzie. – suspirou – Ele está... – e nesse momento foi que ouviu a gritaria de Nicholas. – Falando no diabo... Tenho que desligar. Até mais, Moz. – desligou o telefone e foi em direção à pequena multidão, sorrindo. Ao chegar lá, pôs as mãos no bolso da calça e permaneceu com o sorriso. – Verdade ou desafio? Interessante, eu quero participar. – alguns alunos pareceram surpresos com isso, como esperava.

Charles Lestrange — 20 anos
Arqueou uma sobrancelha — Quer mesmo que eu repita o motivo pelo qual estou puto? — Perguntou. Acreditava que não seria necessário ter que falar de novo. — Eu tenho senso!
Estava quase perguntando o que fazer quando um garoto escandaloso apareceu gritando e perguntando quem gostaria de participar de uma partida do jogo Verdade ou Desafio. Antes que pudesse perguntar à David se eles iriam ou não, o mesmo o puxou pelo braço e falou para o garoto que os dois queriam jogar. Charles apenas ficou quieto observando.

Harry Atwood — 18 anos
O loiro riu com o que Robert disse. Até que fazia sentido. — Certo, certo, seu argumento é válido. Mas não pode só pensar nisso também — Riu novamente, mas parou e arregalou os olhos quando o menor disse que havia comido metade no ônibus. — Rob, daqui a pouco você sai rolando se continuar comendo desse jeito — Brincou — Mas tudo bem, vai ficar lindo de qualquer jeito — Completou, bagunçando os cabelos do namorado e sorrindo.
Robert estava perguntando o que os dois iriam fazer quando um garoto totalmente animado apareceu perguntando quem queria participar do verdade ou desafio. Harry geralmente não é fã desses jogos, mas já que Rob queria, poderia participar. — Claro, vamos sim — Respondeu, pegando na mão dele e indo até onde estava o garoto e mais algumas pessoas.

Chris J. Laurent — 19 anos
No momento, Chris e Josh não estavam fazendo absolutamente nada. Não por falta de opção, mas por excesso delas. Com tantas opções, chegava até a confundir e deixá-los sem saber o que fazer. Teve que concordar com o que o moreno disse — Sim, são muitas coisas, nem dá pra pensar em onde começar.
Continuava andando e fazendo vários nadas quando viu um monte de gente junta um pouco a frente deles. Foi puxado por Josh até o meio, e escutou uma das pessoas que estavam lá falar que iam jogar verdade ou consequência. Por incrível que pareça, ele não fazia ideia do que era o jogo. — Eles vão jogar verdade ou consequência. O nome me parece um pouco intimidador, não gostei.

Nicholas Mitchell — 18 anos
Não demorou nada para um monte de gente aparecer dizendo que queria participar. Virou-se para David e o namorado que estava na escola provavelmente desde quando fora construída; os dois queriam entrar no jogo. — Claro, podem jogar à vontade, monas — Disse para os dois, colocando a tampa na garrafa de coca cola já vazia que estava tomando e se sentando no chão. — TODO MUNDO VEM AQUI QUE VAI COMEÇ... — Parou de falar ao ver quem queria participar: Nicholas, seu professor. Uma parte dele queria mandar ele pro inferno depois de ter o rejeitado pela milésima vez, mas a parte trouxa deixou que entrasse. — Pode vir, prof — Sorriu, piscando nada discretamente para ele.

– Não, esqueça. – suspirou, acreditando que era melhor deixar esse assunto de lado.
Algumas pessoas já estavam se juntando ao jogo, o que era ótimo Quanto mais gente, melhor. David conhecia todos – apenas por rosto – mesmo que não tenha trocado uma palavra com a maioria. Sorriu quando o rapaz permitiu que eles participassem, mas seu sorriso sumiu quando o professor de filosofia decidiu participar também. Ótimo, agora os desafios serão “conte seu episódio preferido de Dora Aventureira” – Espera, um professor em um jogo de verdade ou desafio? – ergueu uma sobrancelha – Isso significa que só poderão desafios bestas? – perguntou enquanto se sentava na rodinha.

Riu fraco – Vou nada, eu sou saudável. – deu um sorrisinho besta com o elogio de Harry. Sim, ainda tinha essas reações mesmo que os dois fossem namorados.
Comemorou quando ele aceitou e foi com o loiro até o local com as pessoas. Bastante gente estava querendo participar, provavelmente seria divertido. Não falou nada, apenas sentou-se e esperou o jogo começar. Até queria conversar com as pessoas dali, mas não conhecia nenhuma.

Estava tentando adivinhar o que aquelas pessoas estavam fazendo acumuladas ali até ouvir Chris responder. – Hum... – deu um sorriso de canto. Aparentemente, seu namorado não havia gostado, mas Joshua sempre adorou a brincadeira, não podia ficar de fora. – Ah, não é nada muito polêmico. Vamos, sente. – sentou-se na roda e esperou o loiro se sentar também – Vai ser divertido, você vai ver.

Ignorou a piscada nada discreta de Nicholas e sentou-se na roda, ouvindo o que David disse em seguida. O que esses garotos têm contra professores? – Muito engraçado, Sr. David. – sorriu falso – Eu não queria, mas como professor de vocês, tenho que estabelecer um limite. Nada de desafios de beijo ou qualquer outra coisa sacana. – ditou. E nem tentem me contrariar, crianças, eu tenho o poder. – Podemos começar?

Charles Lestrange — 20 anos
Estava de boa esperando o jogo começar quando, do nada, o professor de filosofia decidiu participar também. Toda a graça do jogo pareceu que havia sumido assim que ele disse que entraria. — Pois é né — Murmurou, concordando com David sobre os desafios. — Vou desafiar ele a me passar de ano. — Riu. Charles já estava tão acostumado com a desgraça que agora ria dela.

Nicholas Mitchell — 18 anos
Toda sua graça sumiu quando o professor disse que não poderia beijos nem desafios obscenos. — MAS ASSIM NÃO TEM GRAÇA! — Reclamou. Queria falar mais, mas viu que não adiantaria discutir com o professor. — Que seja, vamos começar — E ele girou a garrafa então, vendo ela parar em Harry e David.

Chris J. Laurent — 19 anos
Estava quase pedindo para dar o fora dali quando Josh lhe disse que não seria nada polêmico e pediu para que sentasse. Ainda tinha um pouco de insegurança à respeito do jogo, mas pela insistência do outro, acabou cedendo e se sentando também. — Certo, mas na primeira coisa boba que eu escutar eu juro que mando pro inferno — Chris, você tem um bom humor notável!

Harry Atwood — 18 anos
— Não parece ser nada saudável as coisa que você come — Riu. Os dois foram até onde jogariam e se sentou no chão, esperando que começasse logo. Ficou surpreso quando viu que o professor havia decidido participar. Aquilo até que seria bom, assim não teria nenhum desafio constrangedor, já que o professor provavelmente não deixaria.
O jogo mal havia começado e a garrafa já havia parado nele. Soltou um suspiro, pelo menos não teria que responder nada, e sim perguntar. — Verdade ou consequência?

Revirou os olhos quando o professor disse que não podia beijos – Eu sabia! Agora os desafios vão ser “Encontre a Dora Aventureira” – resmungou, ouvindo Charles em seguida. Deu um tapinha no braço dele. - Você não vai fazer esse desafio, porque eu vou te ajudar a passar de ano. - falou com confiança, desta vez voltando a prestar atenção no jogo que havia acabado de se iniciar, e ficou surpreso por ser o primeiro a ser desafiado. – Desafio! – respondeu com animação.

Harry Atwood — 18 anos
Agradeceu mentalmente quando o garoto escolheu desafio, que na opinião dele era bem mais fácil. Nunca sabia o que perguntar às pessoas, e acabava fazendo perguntas bestas. — Hm... Eu desafio você à ir até aquela senhora — Apontou para uma idosa que estava passando — E cantar ela!

Riu fraco com o desafio do garoto, perguntando-se mentalmente se aquilo era sério. – Ok. – levantou-se do chão e foi até a idosa já imaginando o toco que levaria. – Com licença, eu estava passando por aqui e não consegui deixar de notar a sua beleza... – piscou os olhos e mordeu os lábios enquanto se apoiava na parede ao lado dos dois – Por você eu seria hétero, gata. – e soltou um beijinho para a senhora, que imediatamente bateu com sua bolsa em David no mínimo umas três vezes. Canalha! – ela gritou para ele, deu mais uma bolsada, e saiu andando irritada.
David apenas suspirou dolorido e voltou a sentar na rodinha. – Essa doeu... – comentou enquanto girava a garrava. Parou em uma garota de cabelos coloridos e um rapaz que ele nunca havia visto na escola.

– Não seja chato! – bagunçou o cabelo de Chris e riu fraco, em seguida prestando atenção no jogo. Os desafios já começaram engraçados, ainda mais com o toco que o cara levou da idosa. Joshua estava rindo até ver que a garrafa havia parado nele. – Oh. – sorriu para a garota – Verdade ou desafio?

Jamie Armstrong — 17 anos
A garota estava morrendo de rir do ataque que a velhinha havia dado pra cima de David. Aquele jogo estava realmente divertido, e mal havia começado. Assim que ele voltou, a garrafa girou e dessa vez parou nela e num garoto que não conhecia. Pensou um pouco antes de responder, e por fim decidiu — Verdade! Pode vir, não escondo nada — Cruzou os braços, convencida.

Passou um tempo pensando no que perguntaria. Não tinha a mínima ideia, já que não podiam coisas “sacanas”, de acordo com o professor. Espera... pensou melhor, Ele disse que não podiam desafios desse tipo, mas não falou nada sobre perguntas... – Você é virgem? – perguntou com um sorriso de canto, e antes que o professor de filosofia pudesse falar alguma coisa, Joshua o cortou – E não venha dizer que não pode, querido professor. Você apenas proibiu os desafios, não as perguntas. Não vale voltar atrás agora. – sorriu para ele.

Jamie Armstrong — 17 anos
A garota arqueou uma sobrancelha e riu ao ouvir a pergunta do rapaz. Tinha sorte de ser uma pessoa que não se envergonha com qualquer coisa, pois se não estaria vermelha e não conseguiria responder à pergunta. — Existe alguém que ainda é virgem por aqui? — Riu novamente. — Enfim, a resposta é não — Então, após concordar sobre o que o moreno disse ao professor, ela girou a garrafa, parando no Charles e no professor de filosofia.

Charles Lestrange — 20 anos
Estava apenas observando quando a garrafa parou nele e, justamente, no professor. Ele riu fraco e olhou pro homem — Então, verdade ou desafio? — Perguntou, já imaginando o que diria em cada uma das situações.

Suspirou com o argumento de Joshua, tendo que admitir que ele estava certo, infelizmente. Normalmente Henry apoiaria e muito os desafios sacanas, mas ele tinha que suportar a imagem de professor responsável.
Viu que a garrafa parou nele e no aluno repetente, então sorriu. – Verdade.